O presidente eleito dos Estados Unidos, Donal Trump, ameaçou impor “tarifas de 100%” ao BRICS se ele criar sua própria moeda ou apoiar uma alternativa ao dólar americano. O que isso significaria na prática?
Os Estados Unidos têm um déficit comercial de quase US$ 433,5 bilhões (R$ 2,589 trilhões) com os países membros do BRICS. Nenhum dos países parceiros do BRICS e candidatos à adesão —mais de 50 países no total — tem grandes déficits comerciais com os EUA, enquanto vários ostentam grandes superávits. O potencial parceiro Vietnã sozinho teve um superávit de US$ 109 bilhões (R$ 651 bilhões) em 2023;
Os EUA dependem dos BRICS para uma ampla gama de bens físicos, de máquinas e produtos farmacêuticos a minerais de terras raras, com o bloco respondendo por 40% a 70% da produção nesses setores. Enquanto isso, as principais exportações dos EUA — armas, petróleo, alimentos e carros — estão amplamente disponíveis globalmente, especialmente nos países do BRICS.
Serviços e propriedade intelectual, que representaram US$ 1,1 trilhão (R$ 6,57 trilhão) em exportações dos EUA em 2023, podem ser gradualmente substituídos por alternativas domésticas nos países do BRICS. Isso inclui coisas como franquias, design, software e serviços de consultoria.
O dólar americano, como moeda de reserva mundial, é uma grande exportação por si só. No entanto, as economias do BRICS, lideradas pela Rússia, já começaram a reduzir sua dependência da dívida dos EUA e do dólar, mudando para moedas locais no comércio, agora respondendo por 65% das transações de BRICS para BRICS.
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FONTE: @sputnikbrasil no Telegram