A Petróleos de Venezuela, PDVSA, a poderosa empresa petrolífera transformou a Venezuela em uma das grandes potências do mundo.
Em 2014, era a quinta maior petrolífera do mundo com as maiores reservas do planeta, um quarto das de todos os países da OPEP, o principal cartel de exportadores.
Em 2020, a produção média foi de 400.000 barris, depois de ter atingido um máximo de 3,8 milhões de barris por dia (mbd) na era de ouro em que era chamada de Venezuela Saudita.
A terrível situação do boicote forçou Maduro a recorrer a seus aliados para uma operação de resgate.
Ele se voltou para a China, Irã e Rússia.
No entanto a carta forte acabou sendo o país de Xi Jinping, com quem teve um encontro crucial em visita de Estado em 2014, quando teria finalizado os acordos de petróleo, o terceiro foi no ano passado, em setembro de 2023.
Deve-lhes US$ 10 bilhões e muito do que produz vai para a China
Com a ajuda dos chineses, foi possível converter o petróleo bruto pesado para o Merey venezuelano consumido pelos mercados asiáticos e as vendas foram impulsionadas.
No entanto, reviver a produção de petróleo não tem sido fácil, mesmo com aliados como os chineses.
O Irã aliviou a enorme escassez de combustíveis e ajudou a reparar as refinarias nacionais e comercializou petróleo bruto em alto mar em operações de transferência com intermediários.
Isso foi apenas um paliativo.
O verdadeiro ponto de ruptura foi quando os Estados Unidos e a demanda pelo Merey se recuperaram e ece18.10.2023, o governo do presidente dos EUA, Joe Biden, aliviou as sanções de seu país à Venezuela no setor de petróleo, gás e ouro por pelo menos 6 meses.
A Chevron, uma empresa petrolífera centenária na Venezuela, voltou às operações.
A Repsol da Espanha e a da Itália têm licenças.
O Departamento do Tesouro autorizou até 15.112024, as operações das empresas norte-americanas de serviços petrolíferos Halliburton, Schlumberger, Baker Hughes e Weatherford, a preservar seus ativos, embora não possam explorar.
Com isso, ele não precisou continuar vendendo para os chineses com descontos de 20% e as refinarias americanas no Golfo do México foram abertas para ele com preços muito mais altos.
Para as multinacionais, o investimento é atrativo quando se leva em conta que a produção de barril de petróleo na Venezuela vale entre US$ 11 e US$ 15, segundo dados do Ministério do Petróleo e da PDVSA.
Mesmo assumindo custos de capital e infraestrutura deteriorada, sair para vender petróleo bruto a US$ 80 deixa retornos muito importantes.
A produção petrolífera venezuelana parece ter se estabilizado em cerca de 800.000 barris por dia nos últimos anos em maio de 2024 foi de 822.000 bpd.
A reativação que tem sido associada ao relaxamento das sanções que vieram e se foram este ano.
Existe agora um cenário pós-eleitoral incerto criado por alegações de fraude na eleição presidencial de 28.7.2024, que a Comissão Eleitoral Nacional deu a Nicolás Maduro um terceiro mandato até 2031.
FOTO: PETROCHINA
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