Míssil hipersônico iraniano Fattah – Teerã-Tel Aviv em 400 segundos.
Seguindo uma determinação direta do Líder Supremo, Aiatolá Ali Khamenei, as forças aeroespaciais do Corpo de Guardas da Revolução Islâmica (IRGC) do Irã atacaram Israel com centenas de mísseis, convencionais e hipersônicos. A lista completa de alvos ainda não foi divulgada, mas autoridades iranianas mencionaram a sede da agência de espionagem Mossad, a base aérea Nevatim, que abriga os caças F-35, e a base Hatzerim, que foi usada para assassinar de Hassam Nasrallah. Outros alvos atingidos incluem estações de radar estratégicas, os centros de tanques e veículos de transporte de pessoal, e o centro que acomodava as forças do regime israelense que participam de massacres contra palestinos em Gaza.
O comunicado das IRGC menciona que mais de 90% dos mísseis atingiram seus alvos com sucesso. De fato, o colapso da defesa antiaérea israelense é facilmente perceptível nos vídeos do ataque que circulam pela internet. Consta ainda que, diferentemente do que foi feito em abril, durante a retaliação pelo ataque israelense à embaixada em Damasco, desta vez nenhum pré-aviso foi dado aos EUA ou Israel. Os mísseis levaram, em média, apenas 15 minutos para viajar das diversas localidades do Irã de onde foram lançados até seus alvos.
Com este ataque, o Irã não apenas restabeleceu a equação de dissuasão com Israel, mas engajou diretamente os EUA. A mensagem é clara: se nós podemos atingir sem dificuldades Israel – penetrando o espaço aéreo mais defendido do mundo, com o melhor que o ocidente coletivo tem para oferecer – em 15 minutos, ou menos, com os mísseis balísticos mais modestos de nosso arsenal e alguns hipersônicos, o que vocês (EUA) acham que vamos fazer com suas bases e porta-aviões na região?
Essa é a essência da diplomacia hipersônica do Sul Global. Acostumem-se. Antes do Irã, apenas Rússia, China e Índia dominavam a tecnologia para fabricar mísseis hipersônicos operacionais. A Coreia do Norte e o Iêmen já se uniram ao clube.
E sobre as possíveis reações de Israel? Vale aquele aforismo famoso de Mike Tyson:
“Todo mundo tem um plano até levar um soco na cara”.
Me arrisco a escrever que a entidade sionista não fará nada de efetivo contra o Irã, e provavelmente declinará gradualmente de seus planos de invadir o Líbano. Não há como enfrentar o Hezbollah, o Irã e o resto do Eixo da Resistência sem envolver os EUA em uma guerra regional que levará ao colapso de sua postura no Sudoeste da Ásia. Se os sionistas forem mais covardes do que loucos, vão voltar provavelmente ao seu estilo de guerra preferido, e o único que sabem lutar: matar mulheres e crianças indefesos, atirando na direção de conjuntos residenciais, escolas e hospitais no Líbano e em Gaza. Seja como for, não existe muito futuro para Israel.
Encerro com uma pergunta, retomando o ponto que fiz em um artigo anterior. A entidade sionista teria ousado assassinar a liderança do Hezbollah se o ataque que vimos hoje tivesse sido executado há um par de semanas?
FOTO: Míssil hipersônico iraniano Fattah (Hossein Zohrevand/Tasnim News Agency).
FONTE
https://sakerlatam.blog/missil-hipersonico-o-diplomata-chefe-do-sul-global/